terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Fenix

Chegando o final de mais um ano
os pés cansados de tanta caminhada
agora apenas um balanço pois tudo segue
e cada dia se avança na jornada
eu que morri
me perdi em mim mesmo
me tranquei na masmorra do meu eu
perdi o que achava que meu deveria ser
ficando sem sentido
eu que vivi
que tirei a armadura pesada dos problemas
que conheci novos horizonte em novos rostos
que acordava sorrindo apenas por acordar
e que já não tinha mais nada de grandioso
no caminho passado
mais nada o que recordar.
Eu que perdi tanto num curto espaço
agora tenho vaga de sobra
das coisas que quero conquistar

Obrigado!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Eu contra o Natal

É natal, é Natal, pega no meu ... pé. Não faz mal, não faz mal, não ta com chulé.

Mais um guia da raiva contra alguma coisa, mas enfim, sempre é preciso ter. Diferente dos demais anos, neste resolvi boicotar o meu natal por algumas razões que vou explicar abaixo. Não que o natal não tenha seu lado positivo que também vai ser citado nesta publicação



 Primeiramente a velha história falha do estado ser Laico e mimimi, óbvio que não é afinal temos feriados religiosos como o natal para nos mostrar a realidade. O natal é a época do ano que desdobra o ateu, que troca presentes, se reúne com a família e se bobear ainda se junta a todos de mãos dadas para rezar o pai nosso. Segundo ponto é que o natal também afeta aqueles que lutam e argumentam o ano inteiro contra o capitalismo, pois o mesmo quando chega na hora h pensa "ah mas tenho que fazer ceia e compras, mesmo não sendo religioso e sendo contra o capitalismo e feriados capitalistas, pois meu filhinho coitadinho vai ficar muito triste se não ganhar nada do papai noel". Bom, enrolar e voltar atrás parece ser mais correto do que educar não é mesmo?

E toda essa lenda do Papai Noel afinal? Consegue explicar ela pras crianças da Somália? As famílias
que ainda vivem em miséria no mundo, tem que inventar uma boa história para explicar porque o filho ou a filha não recebe a visita do tal bom velhinho. Não sou muuuito da questão ambiental apesar de apoiar totalmente não me sobre tempo pra me envolver também nesse tema, mas imagina com as embalagens e pacotes que o natal gera, nossa produção de lixo deve atingir uma ápice horrível nessa época do ano.

Agora vamos a um fator meio termo, que o lado bom do Natal é reunir a família e os amigos... o que é fator negativo pra mim ao menos, que não tenho boas relações com a maior parte da minha família. Maioria me cumprimenta por educação, acho que isso faz parte da rotina familiar moderna já, muita briga, pessoas que só te acham legal quando você salva alguém ou empresta alguma coisa e fora isso te consideram um completo babaca. Mas qual família não tem aquele tio bêbado chato que só fala bagacerisse? Imagine você levando uma nova namorada para passar o natal com a trupe? Complicado, relações familiares sempre são e francamente acho que reunir toda a família no natal é algo como colocar Osama Bin Laden e George Bush para jantar na mesma mesa.

Fatores positivos? Sei lá, a solidariedade que essa época desperta nas pessoas, aumenta o numero de ações sociais, mas enfim... porque só nessa época? Dar uma ajudinha no final de cada ano parece ser o suficiente para gastarmos de consciência tranquila em dúzias de presentes e em uma mesa mega farta e enfeitada.

Enfim, não pretendo comemorar o Natal esse ano, algo que tenho vontade de fazer a muito tempo, muito menos vou comprar presentes. Mas para não dizer que não participei nem um pouco desse clima natalino fiz um cartão de boas festas para mandar aos amigos.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O Chiado da geração coca cola nas redes sociais

Já faz algum tempo que nos deparamos com publicações sem pé nem cabeça sendo compartilhadas no facebook, todas com criticas superficiais e em maior parte falsas sobre governos. O perfil de quem compartilha é um só, geralmente classe média, consumista que vira revoltado por modinha. Quando vejo as pessoas que compartilham sempre analiso o perfil, são fotos de praia, joguinho de paint ball, do carro, de vídeo games e eletrônicos caros. Essa geração que já é a pós- coca cola, também gosta de desacreditar a mídia além dos governos, apesar de usar o discurso da mesma sem nem ao menos se dar conta.

Uma das publicações para exemplificar é uma que fala em tantos bilhões em investimentos na copa, contra R$ 0 em investimentos para combate a seca no nordeste. Basta um minuto de pesquisa no google para ver que ambos os valores divulgados nessa postagem que foi amplamente compartilhada estão errados. Essa geração não deve saber ler muito ou tem algum gosto especifico em ser massa de manobra. O desapego pela leitura acaba criando recipientes inconscientes para o conteúdo tendencioso do jornal nacional. O "Bolsa presídio" e o tal "bolsa Crack" são outras fabulas usadas pela direita brasileira para pegar os burros de plantão, aquele moleque classe média que já não se contenta só em contrariar o pai e a mãe.

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Tentar argumentar com um analfabeto político que acha que sabe do que fala é total perda de tempo, essa geração prioriza o ego também, mas é muito fácil reconhecer o que são as virtudes para a mesma. Reclamam, desmerecem, criticam bolsa família mas nunca metem a mão no bolso pra ajudar quem tem fome. Gastam o tempo livre com TV, vídeo games caros (reclamam do preço do PS4 como injustiça social), trocam de carro e computador sempre que possível, ganham casa e carro de mão beijada de familiares e quando questionados ainda dizem só tem as coisas devido ao esforço e ao trabalho.

Pode ser chato, mas é importante não desanimar diante a esse perfil que contamina as redes, a receita para isso é uma só:
 - Não aceite criticas a programas como o bolsa família de pessoas que nunca promoveram ou ajudaram em ações de solidariedade.

 - Não de ouvidos a reclamações sobre impostos e situação financeira de pessoas que ganham coisas de mão beijada da família

O pecado capital ainda domina e estes novos "críticos" e "revolucionários" de facebook  são apenas mais adeptos dessa visão.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

pode ser Pepsi? O meio termo da politica

O comercial da Pepsi é uma referencia perfeita para outra realidade dolorosa que acabamos por ter que conviver na política Brasileira, aceitar o meio termo em projetos para garantir que os mesmos sejam aprovados ou até mesmo entrar em coligações esdrúxulas para poder trabalhar em paz.

 Como no comercial o cidadão entra no bar, quer um refrigereco "x" mas a casa só oferece outro, que por mais que tenha gente insistindo em dizer que é tudo igual, não é bem assim. Com a realidade política do Brasil que já passa dos 30 partidos a algum tempo cria-se uma complicação, afinal quando um partido tem seu candidato eleito para prefeitura, governo estadual ou federal, os demais partidos tem influencia sobre o trabalho do mesmo através de votos na câmara de vereadores, assembleia estadual, federal e senado. Como a prática política por diversas vezes acaba por ter sua índole desacreditada (e muitas vezes com razão) já sabemos que, como mencionei no outro texto, essas representações se dividem em situação e oposição, onde a oposição normalmente não aprova projetos da situação independente de qual for. A maneira de vencer isso e dar mais autonomia para um governo trabalhar? Fazer coligações, aproximar mais partidos para se ter mais representações, o que infelizmente gera um pequeno caos em algumas regiões, juntando adversários históricos com projetos totalmente diferentes para disputar um pleito. Imagine em uma cidade PT e PSDB juntos pedindo votos... faria algum sentido?

Além de coligações a alteração em projetos de lei muitas vezes acaba sendo feita para conseguir uma votação favorável para ela. O caso da reforma política já deu muito o que falar, pois da proposta original da presidenta Dilma muita coisa se perdeu e isso não só graças a busca de votos para aprovação, mas pela pressão de outras forças políticas e partidos que temiam a tal reforma. Existem quadros políticos mais preocupados com a lei de Gerson do que com qualquer outra coisa, como foi o caso em Gravataí no ano de 2010 onde vereadores não aprovaram contratações de agentes de prevenção a dengue mesmo com o município tendo diversos focos já, apenas para gerar fato negativo para o governo municipal ao qual faziam oposição.

Qual seria a solução para driblar essa má prática com a qual os partidos são obrigados a conviver? A primeira delas é o querer driblar isso e duvido muito que dos mais de 30 partidos exista mais que 10 que queiram. Segundo passo seria realmente uma reforma política, tanto para eliminar a má prática de altas contribuições de empresas privadas que acabam comprando representações com doações de campanha, como novas regras que possam combater a necessidade de se criar coligações apenas para aprovação de projetos e não por interesse comum. Mas... como é no comercial da pepsi né....
Oh moço... eu quero ver sair a tal da reforma política, tem aquele moço que já lida com isso a algum tempo, o Henrique Fontana, pode ser ele pra tocar isso?
Bah, Henrique Fontana a casa não oferece, só tem Vaccarezza, Pode ser?

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Eu presto atenção no que eles dizem mas eles não dizem nada

Não existe uma frase que faça mas jus do que a do título para tentar compreender como anda a política no País e no Rio Grande do Sul. A arte de apontar o dedo e começar a encher murcilha parece ainda dominar diversos campos políticos.

Chega a ser desconfortável ter que filtrar exemplos ao invés de citar todos os que gostaria aqui, mas enfim, poupar tempo de quem escreve e poupar tempo de quem lê sempre me pareceu uma boa prática. Esses dias na Assembleia legislativa um deputado usava uma estatística para criticar o atual governo do estado, mostrava em um documento que esse ano foi apresentado um numero maior de projetos em regime de urgência por parte do governo do que nas gestões da Yeda e do Rigotto. Isso para mim é uma das formas do dizer tudo sem dizer nada, transformar fatos positivos em negativos... Oras, se são apresentados muito mais projetos em um único ano do que em governos inteiros é sinal de que este governo esta trabalhando no mínimo quatro vezes mais do que o outro.

Tem uma outra figura pública que não cito o nome não por precaução, mas só de escrever o nome dele acho que já me daria náuseas. Essa figura tem um discurso engessado de oposição que bate sempre no mesmo ponto, os pedágios. Ele reclama disso, daquilo, passa uma sessão... dez ... dai ele reclama disso de novo, daquilo de novo, como se tivesse feito um único discurso e decidido que só poderia usar ele o ano inteiro. Sessão sobre a saúde? Ah, a saúde vai mal, mas os pedágios... Educação?ah a educação vai mal, mas os pedágios....

Tem muitos exemplos atuais em várias esferas para serem citados, mas outro exemplo de oposição sem nada a declarar que acho muito importante e também cômico de se trazer é o que ocorreu em um debate na televisão na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, onde o argumento do candidato era que imaginassem a cena de uma explosão ocorrendo em via urbana, devido a mal trato do esgoto, finalizando com a frase "coco explode".

Outra que aconteceu em Gravataí, uma vez uma pessoa que tinha a vereança falou "a escola que querem fechar vai deixar uma defasagem maior do que todas as escolas que a Yeda Fechou"  o.O  a escola em questão tinha uns 400 alunos.

Oposição e situação é pra ser uma formula política consistente, porque o debate e o confronto de ideias fortalece ambos os lados... mas só quando realmente existe um confronto de ideias, afinal parece que hoje em dia ficar gemendo que nem um jegue é uma tática que vai desmerecer o adversário.