terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Fenix

Chegando o final de mais um ano
os pés cansados de tanta caminhada
agora apenas um balanço pois tudo segue
e cada dia se avança na jornada
eu que morri
me perdi em mim mesmo
me tranquei na masmorra do meu eu
perdi o que achava que meu deveria ser
ficando sem sentido
eu que vivi
que tirei a armadura pesada dos problemas
que conheci novos horizonte em novos rostos
que acordava sorrindo apenas por acordar
e que já não tinha mais nada de grandioso
no caminho passado
mais nada o que recordar.
Eu que perdi tanto num curto espaço
agora tenho vaga de sobra
das coisas que quero conquistar

Obrigado!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Eu contra o Natal

É natal, é Natal, pega no meu ... pé. Não faz mal, não faz mal, não ta com chulé.

Mais um guia da raiva contra alguma coisa, mas enfim, sempre é preciso ter. Diferente dos demais anos, neste resolvi boicotar o meu natal por algumas razões que vou explicar abaixo. Não que o natal não tenha seu lado positivo que também vai ser citado nesta publicação



 Primeiramente a velha história falha do estado ser Laico e mimimi, óbvio que não é afinal temos feriados religiosos como o natal para nos mostrar a realidade. O natal é a época do ano que desdobra o ateu, que troca presentes, se reúne com a família e se bobear ainda se junta a todos de mãos dadas para rezar o pai nosso. Segundo ponto é que o natal também afeta aqueles que lutam e argumentam o ano inteiro contra o capitalismo, pois o mesmo quando chega na hora h pensa "ah mas tenho que fazer ceia e compras, mesmo não sendo religioso e sendo contra o capitalismo e feriados capitalistas, pois meu filhinho coitadinho vai ficar muito triste se não ganhar nada do papai noel". Bom, enrolar e voltar atrás parece ser mais correto do que educar não é mesmo?

E toda essa lenda do Papai Noel afinal? Consegue explicar ela pras crianças da Somália? As famílias
que ainda vivem em miséria no mundo, tem que inventar uma boa história para explicar porque o filho ou a filha não recebe a visita do tal bom velhinho. Não sou muuuito da questão ambiental apesar de apoiar totalmente não me sobre tempo pra me envolver também nesse tema, mas imagina com as embalagens e pacotes que o natal gera, nossa produção de lixo deve atingir uma ápice horrível nessa época do ano.

Agora vamos a um fator meio termo, que o lado bom do Natal é reunir a família e os amigos... o que é fator negativo pra mim ao menos, que não tenho boas relações com a maior parte da minha família. Maioria me cumprimenta por educação, acho que isso faz parte da rotina familiar moderna já, muita briga, pessoas que só te acham legal quando você salva alguém ou empresta alguma coisa e fora isso te consideram um completo babaca. Mas qual família não tem aquele tio bêbado chato que só fala bagacerisse? Imagine você levando uma nova namorada para passar o natal com a trupe? Complicado, relações familiares sempre são e francamente acho que reunir toda a família no natal é algo como colocar Osama Bin Laden e George Bush para jantar na mesma mesa.

Fatores positivos? Sei lá, a solidariedade que essa época desperta nas pessoas, aumenta o numero de ações sociais, mas enfim... porque só nessa época? Dar uma ajudinha no final de cada ano parece ser o suficiente para gastarmos de consciência tranquila em dúzias de presentes e em uma mesa mega farta e enfeitada.

Enfim, não pretendo comemorar o Natal esse ano, algo que tenho vontade de fazer a muito tempo, muito menos vou comprar presentes. Mas para não dizer que não participei nem um pouco desse clima natalino fiz um cartão de boas festas para mandar aos amigos.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O Chiado da geração coca cola nas redes sociais

Já faz algum tempo que nos deparamos com publicações sem pé nem cabeça sendo compartilhadas no facebook, todas com criticas superficiais e em maior parte falsas sobre governos. O perfil de quem compartilha é um só, geralmente classe média, consumista que vira revoltado por modinha. Quando vejo as pessoas que compartilham sempre analiso o perfil, são fotos de praia, joguinho de paint ball, do carro, de vídeo games e eletrônicos caros. Essa geração que já é a pós- coca cola, também gosta de desacreditar a mídia além dos governos, apesar de usar o discurso da mesma sem nem ao menos se dar conta.

Uma das publicações para exemplificar é uma que fala em tantos bilhões em investimentos na copa, contra R$ 0 em investimentos para combate a seca no nordeste. Basta um minuto de pesquisa no google para ver que ambos os valores divulgados nessa postagem que foi amplamente compartilhada estão errados. Essa geração não deve saber ler muito ou tem algum gosto especifico em ser massa de manobra. O desapego pela leitura acaba criando recipientes inconscientes para o conteúdo tendencioso do jornal nacional. O "Bolsa presídio" e o tal "bolsa Crack" são outras fabulas usadas pela direita brasileira para pegar os burros de plantão, aquele moleque classe média que já não se contenta só em contrariar o pai e a mãe.

                X          

Tentar argumentar com um analfabeto político que acha que sabe do que fala é total perda de tempo, essa geração prioriza o ego também, mas é muito fácil reconhecer o que são as virtudes para a mesma. Reclamam, desmerecem, criticam bolsa família mas nunca metem a mão no bolso pra ajudar quem tem fome. Gastam o tempo livre com TV, vídeo games caros (reclamam do preço do PS4 como injustiça social), trocam de carro e computador sempre que possível, ganham casa e carro de mão beijada de familiares e quando questionados ainda dizem só tem as coisas devido ao esforço e ao trabalho.

Pode ser chato, mas é importante não desanimar diante a esse perfil que contamina as redes, a receita para isso é uma só:
 - Não aceite criticas a programas como o bolsa família de pessoas que nunca promoveram ou ajudaram em ações de solidariedade.

 - Não de ouvidos a reclamações sobre impostos e situação financeira de pessoas que ganham coisas de mão beijada da família

O pecado capital ainda domina e estes novos "críticos" e "revolucionários" de facebook  são apenas mais adeptos dessa visão.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

pode ser Pepsi? O meio termo da politica

O comercial da Pepsi é uma referencia perfeita para outra realidade dolorosa que acabamos por ter que conviver na política Brasileira, aceitar o meio termo em projetos para garantir que os mesmos sejam aprovados ou até mesmo entrar em coligações esdrúxulas para poder trabalhar em paz.

 Como no comercial o cidadão entra no bar, quer um refrigereco "x" mas a casa só oferece outro, que por mais que tenha gente insistindo em dizer que é tudo igual, não é bem assim. Com a realidade política do Brasil que já passa dos 30 partidos a algum tempo cria-se uma complicação, afinal quando um partido tem seu candidato eleito para prefeitura, governo estadual ou federal, os demais partidos tem influencia sobre o trabalho do mesmo através de votos na câmara de vereadores, assembleia estadual, federal e senado. Como a prática política por diversas vezes acaba por ter sua índole desacreditada (e muitas vezes com razão) já sabemos que, como mencionei no outro texto, essas representações se dividem em situação e oposição, onde a oposição normalmente não aprova projetos da situação independente de qual for. A maneira de vencer isso e dar mais autonomia para um governo trabalhar? Fazer coligações, aproximar mais partidos para se ter mais representações, o que infelizmente gera um pequeno caos em algumas regiões, juntando adversários históricos com projetos totalmente diferentes para disputar um pleito. Imagine em uma cidade PT e PSDB juntos pedindo votos... faria algum sentido?

Além de coligações a alteração em projetos de lei muitas vezes acaba sendo feita para conseguir uma votação favorável para ela. O caso da reforma política já deu muito o que falar, pois da proposta original da presidenta Dilma muita coisa se perdeu e isso não só graças a busca de votos para aprovação, mas pela pressão de outras forças políticas e partidos que temiam a tal reforma. Existem quadros políticos mais preocupados com a lei de Gerson do que com qualquer outra coisa, como foi o caso em Gravataí no ano de 2010 onde vereadores não aprovaram contratações de agentes de prevenção a dengue mesmo com o município tendo diversos focos já, apenas para gerar fato negativo para o governo municipal ao qual faziam oposição.

Qual seria a solução para driblar essa má prática com a qual os partidos são obrigados a conviver? A primeira delas é o querer driblar isso e duvido muito que dos mais de 30 partidos exista mais que 10 que queiram. Segundo passo seria realmente uma reforma política, tanto para eliminar a má prática de altas contribuições de empresas privadas que acabam comprando representações com doações de campanha, como novas regras que possam combater a necessidade de se criar coligações apenas para aprovação de projetos e não por interesse comum. Mas... como é no comercial da pepsi né....
Oh moço... eu quero ver sair a tal da reforma política, tem aquele moço que já lida com isso a algum tempo, o Henrique Fontana, pode ser ele pra tocar isso?
Bah, Henrique Fontana a casa não oferece, só tem Vaccarezza, Pode ser?

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Eu presto atenção no que eles dizem mas eles não dizem nada

Não existe uma frase que faça mas jus do que a do título para tentar compreender como anda a política no País e no Rio Grande do Sul. A arte de apontar o dedo e começar a encher murcilha parece ainda dominar diversos campos políticos.

Chega a ser desconfortável ter que filtrar exemplos ao invés de citar todos os que gostaria aqui, mas enfim, poupar tempo de quem escreve e poupar tempo de quem lê sempre me pareceu uma boa prática. Esses dias na Assembleia legislativa um deputado usava uma estatística para criticar o atual governo do estado, mostrava em um documento que esse ano foi apresentado um numero maior de projetos em regime de urgência por parte do governo do que nas gestões da Yeda e do Rigotto. Isso para mim é uma das formas do dizer tudo sem dizer nada, transformar fatos positivos em negativos... Oras, se são apresentados muito mais projetos em um único ano do que em governos inteiros é sinal de que este governo esta trabalhando no mínimo quatro vezes mais do que o outro.

Tem uma outra figura pública que não cito o nome não por precaução, mas só de escrever o nome dele acho que já me daria náuseas. Essa figura tem um discurso engessado de oposição que bate sempre no mesmo ponto, os pedágios. Ele reclama disso, daquilo, passa uma sessão... dez ... dai ele reclama disso de novo, daquilo de novo, como se tivesse feito um único discurso e decidido que só poderia usar ele o ano inteiro. Sessão sobre a saúde? Ah, a saúde vai mal, mas os pedágios... Educação?ah a educação vai mal, mas os pedágios....

Tem muitos exemplos atuais em várias esferas para serem citados, mas outro exemplo de oposição sem nada a declarar que acho muito importante e também cômico de se trazer é o que ocorreu em um debate na televisão na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre, onde o argumento do candidato era que imaginassem a cena de uma explosão ocorrendo em via urbana, devido a mal trato do esgoto, finalizando com a frase "coco explode".

Outra que aconteceu em Gravataí, uma vez uma pessoa que tinha a vereança falou "a escola que querem fechar vai deixar uma defasagem maior do que todas as escolas que a Yeda Fechou"  o.O  a escola em questão tinha uns 400 alunos.

Oposição e situação é pra ser uma formula política consistente, porque o debate e o confronto de ideias fortalece ambos os lados... mas só quando realmente existe um confronto de ideias, afinal parece que hoje em dia ficar gemendo que nem um jegue é uma tática que vai desmerecer o adversário.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Retorno da Guerra dos Sexos nos celulares

O Smartphone trouxe uma gama de possibilidades por permitir que os usuarios baixem diversos aplicativos alterando a funcionalidade de seu celular conforme sua rotina. Além de jogos e editores de imagens ainda temos aplicativos para acompanhamento de dietas, rotas de caminhadas e diversas outras funções... só que nem todas são tão "úteis" assim.

Já faz uns dias que o assunto mais falado na rede é o Lulu, um app para Android e IOS onde as mulheres avaliam os homens pelo seu desempenho sexual, através do facebook do vivente, seja ele cadastrado ou não. No aplicativo se menciona desde o comportamento como "medida do brinquedo", se prática ou não sexo oral e por ai vai. Se você é homem e esta lendo isso saiba que existe uma grande possibilidade de você ter um perfil lá. A parte engraçada é que de repente aquela história de quem trata quem como objeto sofreu uma reviravolta, mas enfim... a internet e os internautas costumam ser vingativos, levando isso a um patamar de "toma cá da lá" que fica longe do fim. Tem uma forma de tirar seu nome deste aplicativo através do web site do mesmo, mas o serviço se encontra com problemas desde o inicio da semana não permitindo que se conclua a remoção.


 O troco veio com o anuncio de que apartir da semana que vem um aplicativo chamado Tubby vai ser lançado, permitindo que se faça o mesmo que é feito no Lulu só que com as mulheres, incluindo avalhações de desempenho, detalhes do corpo, o que aceita e não aceitar fazer na cama, se gosta de uns "tapas" e por ai vai. De repente a brincadeira já não é mais tão divertida né?

Pessoas são possessivas, portanto tenho pena de quem acredita nessas avaliações de ambos os aplicativos, porque pela nossa cultura aqui no Brasil ele servirá apenas para ex-namor@s difamar e desmoralizar quem o rejeitou. Mas claro que agora com ambos os aplicativos vai se iniciar uma guerra dos sexos virtual onde impera o "só pode ter sido a fulaninha que falou isso, vou falar isso dela" e vice e versa.

Se você ficou curioso e quer baixar o Lulu ou o Tubby, minha dica é que não o faça... vá ler um livro.
Afinal a melhor forma de saber se alguém é bom ou não de cama é indo pra cama com a pessoa e não bancando um nerd virgem bisbilhoteiro em redes sociais esdrúxulas.


* Atualização: Já tem um link funcional para remover seu perfil do Lulu. http://company.onlulu.com/br/deactivate

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Conversando com o Aécio

Com a proximidade das eleições para a presidência da republica já começa a correria daqueles que querem chegar lá, afinal como disse a presidenta Dilma, ela tem trabalho e não precisa de grandes preocupações com a campanha.

Uma das técnicas preparatórias é a que usam para vender esse "simpático" senhor da foto ao lado, Aécio Neves, através de publicidade paga nas redes sociais para divulgar a página do mesmo e de vídeos e textos sugerindo uma "conversa" com o mesmo, o bondoso candidato cria um pseudo dialogo com a população brasileira.

Bom, eu havia prometido antes que faria uma postagem sobre os 10 anos de governo popular no Brasil e aqui vai ela. Quer conversar Aécio? Temos dez anos de governo democrático e popular para dialogar com o senhor.

Vamos conversar sobre o PIB per Capita e sua evolução anual de média 0,8% ou a queda acumulada de 11,2% que tinhamos entre 1995 e 2002? O Salário médio real dos trabalhadores cresceu acima dos ganhos de produtividade entre 2003 e 2010. Chupa essa manga Aécio. PIB por habitante? Crescimento 27,6%, uma média de quase 2,2% ao ano.

Esses 10 anos de governo também avançaram muito erradicando a miséria no Brasil, não com conversas Aécio, com ações, botando o pé no barro e fazendo. Então o senhor e seus amigos da mídia podem ficar a vontade vendendo o PT e nossos governos da pior maneira possível, porque quem precisava e foi atendido nunca vai dar concordância para a mídia golpista. Quem compra e acredita ... paciência, mas a verdade é uma só, quantas pessoas você conhece que conseguiram financiar uma casa própria nos últimos anos? Ou conseguiu adquirir um carro , computador ou similar? Quantos saíram do desemprego?



A explicação do nosso modo de governar se encontra exposta em um dos jingles de campanha: " Por um País justo e independente
Onde o presidente é povo,
E o povo é presidente"



E ai Aécio, ainda quer conversar?
 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PED 2013

Hoje tivemos o resultado final do PED 2013 e gostaria de dividir um pouco do que foi o meu envolvimento neste processo e minha opinião sobre ele com os companheiros e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores.

Militantes Petistas comemorando com o novo Presidente Estadual Ary Vanazzi

Pouco antes de começar o processo eu já sabia meu lado nele. Foi em um evento das Mulheres do PT que aconteceu na Assembleia Legislativa que ouvi pela primeira vez a deputada Stela Farias e logo me convenci de que aquela era uma mulher guerreira. Pouco após, tive a honra de ser convidado para o mandato dela, me aproximando ainda mais desta candidatura no PED. Percorremos diversos municípios do estado onde sempre fomos muito bem recebidos. Além da campanha estadual tive a honra de me envolver em menor parte em diversas disputas municipais, como em Gravataí que é a cidade onde voto, Barra do Ribeiro onde meu grande amigo Leandrinho Caldas foi eleito presidente, Alvorada onde conseguimos eleger Giovana Thiago, Guaíba, Charqueadas e vários outros municipios com os quais conseguimos colaborar.

Mas o que mais me chamou a atenção foi os debates, tanto nas redes sociais como os debates presenciais, a defesa das propostas, dos campos políticos e de suas ideias para o novo rumo do PT nos próximos anos. Isso é algo que difere o PT de diversos partidos, porque é uma disputa tão intensa que durante esse curto período a gente cria um clima tão forte de debate e disputa que acaba dando a vitória a todos nós militantes. Conseguimos nos debates escutar reivindicações, elogios e sugestões de diversas cidades do estado, assim como levar o debate estadual as mesmas e mobilizar a militância local. O PT que existia antes do PED saí de cena e vem um PT mais forte, com mais conteúdo ainda que já tinha, recarregado. 

Debater é algo que nos faz bem, montar uma proposta, defende-la até onde é possível, cada vez que esse processo ocorre com ele vem um novo amadurecimento partidário. Para quem não conhece muito bem o PT é um partido que surgiu na porta da fábrica, no grupo de estudantes e nas associações de bairro, um partido que foi desacreditado pela grande mídia e pelos demais (até hoje ainda tentam) mas que conquistou seu espaço através de muita luta com movimentos sociais. Hoje em dia a grande mídia ainda usa recursos incontáveis para transparecer que o PT é corrupto e deu, mas nesses processos reforçamos nossa identidade democrática e nos inspiramos cada vez mais para reagir a esse tipo de injustiça. 

Logo mais adiante pretendo escrever uma postagem sobre o PT no governo federal trazendo um pouco do que conseguimos mudar nesses dez anos.

PARTIDO, PARTIDO... É DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O dia em que eu morri

Finalmente me senti a vontade para falar de um momento difícil da minha vida, talvez o bom senso ainda grite que deve seguir me mantendo calado mas enfim, vai que isso possa servir de tábua de apoio para alguém né?

Ontem mesmo estava bastante abalado quando o passado veio mais uma vez ao meu encontro, tentando me abalar (e conseguindo por óbvio). Vou falar sobre suicídio e isso já adianto, ontem alguém achou que seria engraçado me atacar contando das minhas tentativas falhas de suicídio na internet. Mas então no meio da ira pensei... "pera ai... eu não tentei me matar, eu consegui" e é esse sentimento que quero expressar aqui.

Era uma fase complicada, quando todos os problemas que a gente vai fugindo no dia a dia se tornaram a gigantesca bola de neve que rodava na minha direção. O divórcio foi um ponto crucial, mas não foi o total responsável, isso já não era de hoje, era algo que sempre carreguei comigo, os problemas de convivência, problemas familiares e até mesmo a rejeição na escola.

Essa montanha de problemas que fui construindo a minha vida inteira ao invés de enfrenta-los me pegou de jeito, estava num ponto que não conseguia ver saída nem esperança, completamente no escuro. Nessas horas a gente acaba se fechando mais ainda pro mundo e as piores ideias acabam por parecer serem as melhores. Então sem sentido, sem fé, sem animo, tudo que sobra  é a porta de saída. Foi o que pareceu para mim naqueles dias e foi a escolha que eu acabei seguindo. Sim, eu tentei me matar e não tenho nenhuma vergonha em admitir que eu passei por isso, agora o que nem todo mundo sabe é que eu realmente morri. Não, não estou falando de experiência pôs morte nem em ver luzes e anjos, estou falando na completa destruição do ser, do fim, do ponto final.

Então hoje é isso que compreendo, aquele cara sem esperança, sem expectativas... morreu. Conseguiu o que queria e isso é ótimo, pois não havia mais lugar pra ele na minha pessoa. Junto com ele morreu toda a minha frustração, minha preocupação e todo aquele passado que carregava nos ombros. Mas já que ele morreu e o corpo aqui continuou, sobrou espaço para ser preenchido com outras coisas, outros sentimentos mais nobres que aqueles e essa é uma chance de recomeço, de vida nova que eu não quero desperdiçar.

Fica a dica, não precisamos da morte real mas sim da reinvenção da nossa própria vida. E quando o passado bater na porta para querer atrapalhar o sono ignore, afinal aquela pessoa que esta morta dentro do caixão não sou mais eu.

Temos que rir de nós mesmos
Temos que rir mais
Temos que ignorar as imposições do capital
Temos que parar de edificar nossos problemas
Afinal quando perdemos tudo que temos
Sobra espaço para as novas conquistas.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Greves, Campanhas saláriais e o legado “meu pai é melhor que o teu”

   Greves, lutas por melhores salários e condições de trabalho é algo que já tem história no Brasil, mas na era das redes sociais e da comunicação a postura que vem sendo adotada por sindicatos e grupos de trabalhadores acaba ficando confusa e as vezes até um pouco agressiva aos demais profissionais de áreas diferentes.

   Todo mundo já deve ter passado por aquela clássica provocação de escola de “o meu pai é mais forte” ou o “meu pai é melhor do que o teu”. Essas discussões infantis infelizmente refletem um pouco das campanhas salariais que vão as ruas, onde ao invés de expor a situação a qual estão sujeitos, a classe de trabalhadores ultimamente preferem tentar mostrar como a sua profissão é mais importante e diferente de todas as outras que existem.
 
    Antes de exemplificar algumas dessas quero deixar bem claro que não discordo das greves nem da
luta dos trabalhadores organizados, discordo somente do foco das falas dos mesmos quando estão na rua. O primeiro exemplo que trago é as fotos que vem bombando nas redes sociais do sindicato dos jornalistas com os dizeres “sem jornalista não tem informação”, fato que a profissão merece reconhecimento, melhores salários, assim como é injustos com os mesmos o fato de muita gente exercer função sem precisar de faculdade, o que desvaloriza a formação do profissional. Mas enfim… primeiro que comunicação é algo universal, é algo de todos, com a era dos Blogs, Rádios comunitárias, Rádios e TV web os canais de informação estão um pouquinho mais democráticos e isso não desmerece quem atua nela. Temos excelentes comunicadores sem formação superior nas mídias comunitárias enquanto nas grandes emissoras temos pessoas fazendo jornal sem formação, talvez o foco dessa obrigatoriedade de formação deva ser um pouco diferente. Segundo a parte do “meu pai é melhor que o seu”, se sem jornalista não tem informação, sem o criminoso que cometeu o crime não tem pauta, sem o diagramador não tem jornal ou revista, assim como sem o técnico de impressão, o fabricante das prensas, o fotografo, o motorista do jornal e assim por diante.

    Segundo, a eterna luta dos professores, vejo muito nas redes que os professores merecem mais, isso eu concordo, mas o problema são os “porquês” que usam pra justificar, como se precisa-se de justificativas dessas. Exemplo, “professor merecer mais porque todo mundo teve professor, médico, advogado, etc e etc”. Mas todo professor que nasceu passou por um médico, assim como um policial protege tanto o médico como o professor para exercerem suas funções e claro, se não tivesse o Gari limpando as ruas nenhum deles conseguiria se locomover no meio de tanto lixo. Agora saber quem veio primeiro, o médico ou o professor, o ovo ou a galinha … fica meio difícil. 

   Todas as profissões são importantes e se completam, isso é um fato, ninguém é mais que ninguém apesar da diferença salarial. Acho que o foco da campanha tem que ser o mérito próprio dos trabalhos e não tentar diferencia-los dos demais. Fora que algumas campanhas chegam a ser terroristas em termos de mídia, usando imagem de alguma pessoa pública e tentando fazer um viral negativo com o nome da mesma tentando ganhar só por força e não por mérito.
Uma boa e LIMPA luta a todos os trabalhadores.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Victor Hugo e o Passe Livre

Uma pequena analise sobre os movimentos do passe livre, a influencia do cinema e da cultura americana sendo linkada ao povão na rua, será que tem lógica? No meu mundinho esquizofrênico faz sentido.

O Movimento do passe livre não é nada de agora (sim, tenho que explicar isso pq muita gente foi pra rua por moda ou promoção pessoal) ela já existe a muitos anos, mas só em 2013 que tomou grandes proporções. Em 2004 participei pela primeira vez do movimento quando residia em porto alegre, na época não juntávamos mais de 3 mil pessoas. Mas o que mudou? O que elevou de 3 mil para 20 mil aqui em Porto Alegre e números maiores ainda em São Paulo e no Rio de Janeiro? Enfim, o crédito da luta se deve a quem está a organizando a mais tempo, então tem muito mérito dos movimentos estudantis, sindicatos e semelhantes que sempre estiveram lá, esses merecem aplausos. Mas será que é só isso? Claro que não, tem muito mais por trás de um movimento destes, além da mídia que sempre influí um enorme peso sobre as cabeças não tão pensantes, também temos toda a cultura dos enlatados da gringa que pesam sobre nossos ombros.

 O primeiro fato é a vitória na redução da tarifa em Porto Alegre, que serviu de exemplo para os outros estados aumentarem seus números. Depois tem que ser dado crédito as filmadoras, afinal se vê no jornal e se comenta no facebook. A globo começou atacando as manifestações com as duas mãos, mas com a ampla divulgação das mesmas na emissora foi se tornando mais "popular" e aumentando o número de manifestantes a cada ato, o que fez a rede globo tentar virar o foco e usar os manifestos como uma forma de ataque ao governo federal (mesmo sabendo que a passagem é definida por municípios) então a cada manifesto as câmeras da plin plin tentavam pegar sempre o ângulo de cartazes mais ofensivos ao governo federal e ir tirando o passe livre de campo aos poucos.

Para mim o fator mais preocupante, até mais preocupante que a Globo, é o peso da influencia do cinema estrangeiro nas mentes de nossas gerações. Che Guevara? Marighela? La Marca? Que nada... o exemplo pra vida real é o "cara do V de Vingança" ... Cara do V de Vingança? Puta que pariu.

Para os fãs do Alan Moore segue as palavras do próprio que achava estranho ver pessoas na rua usando mascaras de direitos autorais da universal para se dizerem protestantes. Claro que sempre rola aquela pirataria básica. Mas enfim, dos quadrinhos para o filme existe uma diferença bem gritante quanto ao protagonista, o próprio autor assumiu isso também em entrevista. Para quem é fã a única coisa que sobrou é surtar, ver aquela obra que ele sempre gostou se tornar a modinha distorcida de uma nova geração. Influência no protesto? Sim, na minha opinião absolutamente. Por que assim como a onda do filme e o sucesso do anon na gringa, se criaram grupos tentando adaptar a ideia (do filme, não do gibi) e surgiu os guerrilheiros virtuais no facebook (existiam já no orkut mas haviam tomado doril) se passando por "anon". A onda de revolta que o filme passa contra um governo tirano e ditador que matava a própria população para gerar um caos tentava ser adaptada a realidade brasileira através das redes e isso foi um pontapé inicial. Mas claro que a diferença de período entre o filme e os manifestos é grande, mas teve uma segunda obra que saiu exatamente no mesmo período, que fala sobre guerra, sobre tirania, sobre revolução, miséria, bem feitores, sobre mártires e tem canções edificantes sobre isso tudo.  Esse é o ponto que revisitamos Victor Hugo. A obras mais que épica os miseráveis encantou e ainda encantará gerações. Claro que mais uma vez assim como no V de Vingança existe uma diferença quilométrica entre o Livro e suas adaptações para as telinhas e palcos de teatro.  Mais exatamente no mês que o Brasil "pegou fogo" ou que o tal do "gigante" acordou sabe se lá de qual sono, foi quando bombava por aqui o musical os miseráveis com Hugh
Jackman e grande elenco. A mega produção passou só nos cinemas mais "alto nível" (esses que fazem o GNC parecer ninho de pulga) mas mesmo assim rodou bastante pela internet, afinal podia se baixar o filme em qualidade de DVD um mês antes de chegar no cinema já, graças a uma versão do filme entregue para ser avaliada em premiações que vazou.

O Filme é lindo, é bacana, causa algumas revoltas em quem assiste, emociona e blá blá blá, mas a questão é uma canção e uma parte dele que é as barricadas dos estudantes que querem derrubar o monarca da frança que deixa o povo na miséria. Essa música faz subir os pelos dos braços, a cena é emocionante e ela foi traduzida para português durante as manifestações (vídeos abaixo).

Coincidências? Realidades? Vai saber, na minha opinião sim, tudo tem sentido. Não tiro o mérito de quem luta já a um bom tempo por um país melhor, muito menos dos novos chegados que aderem essa luta todos os dias, mas ir pra rua pra dizer que faz parte de algo que só conhece pelos olhos da mídia? sem chance. Precisamos sim de povo na rua, precisamos sim das massas populares clamando por mais, porque elas merecem mais, o ser humano merece, mas formação política via rede globo e filme gringo?  Ai é pra f....

Versão original Legendada da musica :

Versão Brazuca traduzida pros protestos:

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

S.O.S. Consumidor

A vitima da vez apesar dos ditos serviços de proteção ainda é o consumidor. Quem nunca foi vitima de insistência ou espera em demasia em um call center para tentar cancelar um serviço? Ou penou no telefone com um banco para reverter um débito indevido? Com a chegada do call center, também chamado de telemarketing (mesmo quando não é para venda) o consumidor deixou de ser protegido para voltar a ser o alvo, nos levando a questionar se as normas previstas no código que regulamenta o call center e no código do consumidor realmente são cumpridas e pesam para beneficiar o consumidor em uma ação.

Operadoras de telefone, internet, assinaturas de jornais e revistas, seja qual for o serviço hoje em dia todo relacionamento com o cliente se dá através de prestadoras terceirizadas pela empresa a qual você da a grana. Por experiência já fica inquestionável que o objetivo dos "profissionais" do call center é não permitir que você cancele facilmente um serviço e digo profissionais entre aspas pois quase nunca uma equipe chega a completar o treinamento antes de ser colocada para atender. O primeiro problema são as esperas, entre operadoras OI e Claro por exemplo eu já tive chamadas que me custaram uma média de quarenta minutos para tentar um atendimento.

Pulando a espera vem o contrato. As vezes contratamos serviços pelo próprio telefone e nem assinamos contrato, mas mesmo assim isso pesa a favor das empresas quando envolve fidelidade, mesmo que o atendente não lhe informe que ela existe na ligação. Além do contrato o descumprimento frequente da lei que obriga a prestadora de serviços a lhe enviar uma cópia da gravação do atendimento é descumprida com frequência, algo no qual passei pela Claro em 2010. 

Visto as inúmeras barreiras criadas pela geração do call center terceirizado, tentei ver até onde a lei realmente protege o consumidor nos dias atuais, depois de muita briga com a empresa claro entrei com uma ação no pequenas causas de Gravataí, no argumento jurídico apontei 3 infrações do código do consumidor e duas do código que regulamenta o call center, minhas provas seriam as gravações das ligações que nunca me foram entregues, também desrespeitando uma lei. O resultado? Além do juiz dar a ação favorável a claro ainda me informou a data na qual saía a decisão errada não sobrando tempo para que tivesse um recurso. Provavelmente com um advogado poderia ser diferente, mas não basta a empresa infringir 5 leis federais e o consumidor ter o trabalho de correr atrás na justiça, ainda terá que correr atrás de advogado?

Ainda em problemas com a Claro, tive um outro que envolvi até a Anatel para tentar resolver sobre faturas com cobrança indevida, nesse caso a Claro descumpriu o próprio contrato. Mesmo com Anatel me dando razão e entrando em contato com a empresa não foi resolvido, acabei no SPC. E então? o que fazer? Juntar papelada, mostrar as leis que violaram e ir para outro processo? Difícil, a maioria das pessoas liga o foda-se e fica no SPC que é meu caso.

O desgaste vira o inimigo do consumidor, mas toda burocracia 0800 é feita exatamente para causar desgaste e desencorajar o consumidor a brigar pelos seus direitos. Precisamos de uma reforma, primeiro o código do call center precisa de algumas atualizações, mas também precisa de uma agência mais firme que o faça valer, que possa exercer uma pressão maior sobre as prestadoras e tirar a carga dos ombros do consumidor, pois afinal quando o assunto é telefonia ou internet não existe ainda a prestadora de serviço ideal.

Uma fuga que os consumidores procuram são sites como o Reclame Aqui onde os consumidores juntam suas reclamações em uma tentativa de pressionar a empresa a resolver as solicitações para que não fique com má reputação na web. A ideia até que é boa, mas empresas tipo a OI nem se dão trabalho de responder demanda de sites assim. Quando o consumidor passará realmente a ser protegido das más práticas corporativas?

Abaixo dois vídeos, o primeiro gravei em um momento de surto com a operadora OI, o segundo é uma sátira sobre como funciona o serviço de call center para rir um pouco disso tudo.