terça-feira, 10 de junho de 2014

Eu sou o Incrível Hulk

Não espalhe, mas ainda sou o incrível hulk, o monstro verde irado segue existindo apesar de aparecer poucas vezes. Desde pequeno fui propenso ao ódio e a impaciência como intemperes críticos da minha personalidade. Claro que com o tempo a gente muda, não que perdemos o ódio, mas aprendemos a mascara-lo e conte-lo em um nível que chegamos quase a nos tornar aquilo que chama de "sociáveis".

Eu odeio segunda-feira e odeio acordar cedo e isso é tão óbvio por ser um ódio comum. Todos nós somos cheios de ódios e não percebemos o quanto por nunca listar. Fora que nem todo nosso ódio é o ódio do óbvio como "odeio ser assaltado" e "odeio ficar doente", mas sim o agravante, o direcionado que nos tornam párias no momento que nossas feras verdes surgem.  Eu odeio azeitona, Eu odeio Hippies, eu odeio punks, nem metal, grunges... sei lá, eu odeio o Underground de A a Z e assim crucifico a minha própria geração. Odeio religiosos exagerados, ateus desrespeitosos, pseudo intelectuais, pseudo pensadores esquerdistas, mina mano, televisão, rádio, shopping, fila, gente feliz, casal de amasso na rua, cachorro que tenha cara de coitado, gato que te ignora, abelhas, pirâmides financeiras, vendedores de chip da TIM... enfim, muito do ódio comum, alguns itens praticamente negamos a nós mesmos, tipo..." não gostar de ver um casal feliz na rua? eu? Bem capaz, sou uma pessoa bem tranquila". Eu nunca acredito quando escuto isso, pq os seres humanos são miseráveis por natureza e no fundo no fundo nunca se sentiram indiferentes ou contemplados quando ver alguém que tenha uma conquista maior que a sua.

Sou raso em minha transparência e ainda assim o ódio resplandece  longe do ponto de origem. A minha desgraça, o meu infortúnio não é odiar demais e sim existir alguém que eu não seja capaz de odiar.